Introdução: A tartaruga marinha da espécie Caretta caretta, popularmente conhecida como tartaruga-cabeçuda, apresenta distribuição cosmopolita e suas fêmeas utilizam o litoral brasileiro como área para a desova. Atualmente está classificada como espécie vulnerável, segundo a lista atualizada divulgada pela IUCN. As causas de encalhe para a C. caretta são variáveis, porém está frequentemente associada a interação antrópica, principalmente com a pesca de espinhel. Entretanto, podem sucumbir diante de doença primária associada à infecção por agentes infecciosos e parasitários. Objetivo: Relatar caso de gastroenterite parasitária em C. caretta causada por Sulcascaris sulcata. Metodologia: Animal resgatado vivo, através do Projeto de Monitoramento de Praias da Petrobras-PMP-SEAL, pesando 62 kg, caquético, apático, mucosas hipocoradas, desidratado, com carapaça apresentando ampla aderência de algas e moderada quantidade de epibiontes, como cracas. Observou-se um exemplar de parasita de caráter filamentoso em meio aos resíduos fecais, que foi coletado e conservado em álcool 70% e encaminhado para identificação parasitológica. Na análise foram observados 2 exemplares de parasitas da família Anisakidae, com corpo de tamanho grande, maiores que 8 cm e presença de boca apresentando três lábios. Estas características permitiram classificar os indivíduos examinados como: Sulcascaris sulcata (Rudolphi, 1819) (Nematoda, Anisakidae). Resultados: Após análise, o animal foi tratado e apresentou melhora clínica significativa evidenciando ganho de massa corporal, sendo então encaminhado à soltura, após 9 meses de reabilitação, no litoral de Aracaju-SE. Conclusão: Através deste relato foi possível concluir que a identificação do parasita foi de suma importância para o sucesso terapêutico, reabilitação e soltura do animal.
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